Evento literário Paz mundial- Programa Dançando a poesia
Um só caminho.
Em meu reino, de onde posso tudo ver,
conta bendita a que me doei,
só vejo a luz que de mim criei,
nunca desânimo, em que não quero crer.
E se muitos há que te levam a arder,
pecadores por quem sempre roguei,
avatares alhures enviei.
Segue-lhes os passos! Isso, sim, é viver.
Mas o homem insiste em se desviar...
e não se detém. Conquista; mata; erra.
Enloda-se no poder que o faz cegar.
Destarte, retorna ao pó pela guerra...
Mas, não duvides, nasceste para amar.
Faze, pois, o que te cabe! Paz na Terra!
E mais estas:
Há séculos que os reinos espiritual e temporal elegeram o rio divergência como limite territorial. A ponte da tolerância, contudo, garantia um relativo intercâmbio. Só que os passantes estavam sempre apressados. Com isso, mal e mal se notavam. Um sábio fixou morada nessa ponte, e recebia esmolas. Ele agradecia com um sorriso e retribuía com bons conselhos. Um dia, esse sábio teve um mal-estar. Acudiram-no dois súditos, mas de reinos opostos. Recuperado, recusou as esmolas. Ao invés, uniu a mão de um à do outro, e sentenciou: Quanto mais diálogo houver, mais ditosa será a travessia.
For centuries, the Spiritual and the Temporal kingdoms elected the Divergence river as their territorial limit. The Tolerance bridge assured a relative interchange. However, those that crossed it were always too hurried. A wise man set his dwelling on the bridge, receiving alms. He thanked with a smile and repaid with good advice. One day, that wise man suffered a distress. Two subjects, of opposite kingdoms, went to assist him. After recovering, he did not accept any alms. Instead, he joined the hands of the subjects and said: The more dialogue we have, the more joyful our crossing will be.
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